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Comentários

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    Quando o melhor a fazer é não comentar

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    Cada dia que passa fico mais impressionada com a quantidade de comentários desnecessários que as pessoas fazem por aí. Falta de propósito, raiva, zero empatia e mais um monte de sentimentos ruins ganham forma de críticas ácidas que inundam a vida. Na internet, então… sem comentários!

    Tudo que você fala/escreve gera uma reação em quem escuta/lê; e esse é o primeiro passo para nos darmos conta que, sim, temos responsabilidade sobre o que jogamos no mundo. Controlar o comportamento de alguém é impossível, mas controlar nossos comentários é totalmente viável e o único caminho que podemos seguir.

    O segundo passo é a reflexão daquilo que queremos comentar. Por que eu quero falar aquilo; para quem; de que maneira; em que momento. Parece complicado, mas acho que posso te ajudar nessa hora.

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    1.O meu comentário está relacionado ao corpo de alguém?

    Se sim, não comente. Comentar o corpo alheio é a pior ideia do universo. Magoa MUITO e a gente não sabe o que o outro está passando para ter aquele corpo. Pode ter uma anorexia por trás, uma compulsão alimentar, depressão… na dúvida, melhor não comentar!

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    2.Ter empatia é o melhor que você pode fazer

    Uma coisa muito chata é ouvir coisas do tipo “Se fosse eu, faria isso isso e aquilo”. Tá, mas NÃO é você. E NÃO é a sua vida. Decisões são uma mistura de fatores racionais e emocionais e a bagagem emocional é própria de cada pessoa. Em alguns momentos, é melhor ter apenas empatia. Diga o quanto você entende o sofrimento daquela pessoa. Coloque-se à disposição para conversar ou ajudar no que for preciso. Pode ter certeza que isso é suficiente.

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    3.Será que meu comentário está disfarçado de preocupação?

    É muito comum ouvir críticas disfarçadas de preocupação. “Estou falando que ele está gordo porque me preocupo com a saúde dele, né”. Será que se preocupa mesmo? Pare e pense.

    Preocupar-se verdadeiramente é oferecer companhia para ir na academia, por exemplo. É indicar um terapeuta que você confia. É propor saídas que não envolvam álcool e outros estímulos que fazem mal à saúde. Ou mesmo ajudar alguém nos estudos.

    Percebem a diferença?

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    4.Aceite as diferenças

    Sabia que é possível ter opiniões e gostos diferentes sem que isso seja um problema? Já dizia o ditado: “Gosto não se discute”, mas o ser humano adora impor as suas vontades no outro.

    Você odeia roupa preta, mas outra pessoa adora? Tudo bem. Outra pessoa adora Sertanejo, mas você detesta? Tudo certo. Você prefere gastar seu dinheiro com a sua casa e seu amigo prefere gastar em viagens? Sem problemas. As pessoas são diferentes e quanto antes você aceitar, melhor.

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    5.Cuidado com o que não pode ser mudado

    Alguns comentários podem chatear pelo simples fato de que a pessoa não pode fazer muita coisa em relação ao que você está criticando.

    Um exemplo clássico dessa situação é falar que não gostou do corte de cabelo de alguém. Não tem muito o que fazer, sabe? Cabelo cresce, claro, mas demora pra caramba. Sendo assim, melhor não falar nada.

    Isso também vale para decisões mais complexas e mudanças radicais de vida. Imagina quanto tempo aquela pessoa planejou, pensou e repensou para fazer tal coisa? Poxa, voltar atrás pode ser muito difícil ou até impossível. Já está feito, então melhor parar de comentar.

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    A ideia aqui não é a gente virar um robô e pensar cada palavra que queremos falar, não é isso. Mas tomar cuidado com o que comentamos por aí e ter um pouco mais de cautela é necessário.

    E sabe aquelas pessoas que temos a maior intimidade do mundo e que são nossos fiéis escudeiros? Essas sim estarão sempre disponíveis para escutar nossas críticas mais ácidas e opiniões mais malucas.

    Vamos fazer esse exercício moral!

    Beijos,